quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tralha... qualquer tipo de tralha


Passamos a medir o volume de tralha que conseguimos manter nas nossas casas e que até decidirmos que são tralha, são importantíssimas e como tal jamais nos desfaremos delas.
Até um dia.
E quando esse dia chega, deitamos mãos à obra e vai de arrumar os roupeiros, a despensa, as gavetas, os sótãos e ele é roupa, sapatos, louças, mobílias, a sair. É um destralhar que não tem fim.

E aquela tralha que guardamos religiosamente e que mesmo depois de destralhar vai ficando, porque só é tralha porque ocupa espaço, mas nunca deixa de ser importante, ou pelo menos não deixam de ser memórias.
Falo de postais que alguém nos enviou há anos, e que pelo grafismo, cores, legendas, ou pela escrita nos remetem a memórias boas ou saudades que não passam;
Falo de desenhos feitos pelos nossos rebentos na pré-escola no melhor da sua arte, com o maior do seu orgulho e que nos oferecem nos dias da mãe;
Falo do bilhete de um espectáculo que assistimos e que não conseguimos deitar para o lixo, porque é uma memória tão boa!
Falo de um envelope que acompanhava uma prendinha qualquer, mas que era tão bonito que foi ficando na gaveta;
Ou uma flor seca, ou um brinco que se perdeu do seu par e que mantemos como filho único.
Há tanta tralha que é tralha, sem o ser.
Guardamos em gavetas e ocupam espaços preciosos ou em caixas e as caixas ocupam os espaços onde estão.

E aí, depois de tanta conversa, concluo que: se tal como eu, têm tralha dessa e se tal como eu são apaixonadas por livros e trabalhos manuais, porque não criar um Junk Journal (Diário da Tralha) e manter essas memórias arrumadas?

Num próximo post, o meu Junk Journal!


1 comentário:

O meu pensamento viaja disse...

Quando decido destralhar, não teno hesitações nem contemplações. Depois, é tão bom!
Quero ver do que falas quando falas em Junk journal!
beijo