Eu sei e tal como eu, ou pelo menos, especialmente eu, há pessoas que iniciam blogues para escrever sobre aquilo que lhes dá gosto, ou lhe dá na real gana, interesse aos outros ou não.
Isto a propósito de quê?
Ponto 1
Esta semana que ainda só vai a meio, já dei de caras com 3 (três) blogues que só não punham fotos do momento do parto porque, provavelmente são as autoras as fotografas habituais e não arranjaram um fotografo disponível para o momento.
Eu gosto de ler baby blogues, mammy blogues e etc blogues, mas não precisam escarrapachar no blogue que as contracções se iniciaram às tantas horas e tantos minutos com uma dor aqui ou ali e que as dores etc, se prolongaram por não sei quanto tempo e que à chegada do hospital se rebentaram as águas e inundaram tudo o que foi gente e edifício e que tal e tal e tal...
Sou eu que tenho mau feitio e como já tive a minha criatura mais nova (amor da sua mãe) há 17 anos, já não consigo ver a beleza de tais descrições?
Ou é realmente too much?
Ponto 2:
E ainda temos blogues em que as autoras vão casar em breve e não param de dizer está quase, falta apertar o vertido, está quase, já comprei os sapatos, está quase, ainda não escolhi nem o boquet, nem o bolo, está quase, só falta escolher a lua de mel porque está quase. Será que o quase chegará ao fim e chegará ao dia do casamento em condições ou pelo menos feliz?
Era preferível, claro que tudo no meu ponto de vista de quem tem mau feitio, avisarem (ok se fazem questão) que vão casar mais dia, menos dia e no final, depois da coisa feita, oferecerem aos leitores uma daquelas reportagens fotográficas que fazem crescer água na boca, a quem ainda não casou, e lembrar com saudades o dia, de quem já casou.
A WWW é publica e toda a gente tem o direito de publicar o que lhe apetece assim como toda a gente tem o direito de ler ou não e de comentar ou não.
Não é com intenção de dizer mal de ninguém, porque a net é publica e só lê quem quer e se eu sei isto tudo, é porque li. Só me custa, pronto. Li, porque achei que os temas eram interessantes, mas fiquei com pena porque o trabalho levado a cabo (a publicação) que deveria ser agradável, embora realista, era muito sofrida. Como se tivesse sido um sofrimento atroz em que mais nada importasse (no primeiro caso que a gente até sabe que é mais ou menos isso) e estivesse a ser um assunto tão stressante que tive receio, como já disse, que a noiva chegasse ao seu mais precioso dia, derreada, no segundo caso.