quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A Ira de Deus, O Grande Terramoto de Lisboa de 1755

 


Sábado, 1 de Novembro de 1755, dia de Todos-os-Santos. Em Lisboa, a quarta maior cidade da Europa e a opulenta metrópole do grande império português, o dia amanhecera luminoso e quente. Poucos minutos depois das nove e meia, um barulho horrível anunciou uma das catástrofes mais devastadoras que alguma vez assolaram uma cidade importante no mundo ocidental.
A duração de dez minutos do Grande Terramoto de Lisboa raramente foi igualada. A magnitude do maior dos três tremores foi de 8,75-9 na escala de Richter. Seguiram-se duas réplicas fortes bem como um enorme maremoto. A destruição ficou completa com um incêndio que lavrou durante uma semana, consumindo uma área superior à do Grande Incêndio de Londres. Perdeu-se a maior parte do imenso recheio valioso existente nos palácios, igrejas e armazéns de Lisboa. Morreram entre quarenta a cinquenta mil pessoas em Lisboa.
Inspirando-se em fontes capitais, muitas das quais nunca antes utilizadas, Edward Paice pinta um retrato vívido de uma cidade e de uma sociedade transformadas para sempre no espaço de escassos minutos. A Ira de Deus é uma descrição emocionante feita por um escritor de excelência de um desastre natural recordado um século mais tarde como ‘a catástrofe mais temível que a história regista’.


Toda a narrativa, trazida até nós pela mestria deste autor, nasce dos olhos de quem assistiu à cena desde o palco e não em camarotes ou plateias. Pelas descrições dos mercadores ingleses e alguns diplomatas, também ingleses, que viviam em Lisboa naquela altura, temos um relato da catástrofe na primeira pessoa.

Esta narrativa de uma grande riqueza e quase poética, inicia-se com a descrição da vista de Lisboa pelos olhos que quem entra na barra e segue de barco pelo Tejo acima, mostrando ao leitor os edificios, monumentos e tudo o que daquele local se conseguia ver. Mais à frente, numa mostra da sociedade da época, com algumas críticas negativas, também nos são dados vislumbres da vida dos portugueses a par da vida da comunidade inglesa que então residia em Lisboa. A maior parte residia em Lisboa por negócios, alguns por assuntos diplomáticos e outros por motivos de saúde.

Quando o terramoto acontece, vamos assistindo à sua ação devastadora na cidade, conforme os locais onde estavam no momento as pessoas que os narraram.

De uma forma tão clara e sem subterfúgios, sentimo-nos presentes nos vários momentos e sentimos as ondas de destruição também sobre nós, o que, tal como o autor referiu muita vez, ao expressar os questionamentos das pessoas envolvidas, nos faz questionar não sobre "onde está Deus que permite tamanha destruição?", mas "quem pode subsistir à ira de Deus?". Não sendo um livro sobre religião, nem sobre Deus, mas sim sobre uma das maiores catátrofes já ocorridas, os questionamentos, nesta narrativa, refletem uma sociedade temente e submissa a Deus, nem que fosse apenas nos momentos de aflição e esse temor e submissão não passasse de terror pelo Seu juízo e aceitação da Sua vontade que não se podia contrariar mas nunca chegasse a ser respeito ou reverência.

Outra nota que gostaria de acrescentar é que este livro leva-nos a locais bastante distantes de Lisboa onde a ação dos abalos e das ondas do maremoto se fizeram sentir. Tinha noção, pelos livros de história, de que fora grande a distância percorrida pela catástrofe, mas nunca pensei que fosse tão alargada.

Recomendo vivamente. Eu li o livro em inglês, mas acredito que o tradutor conseguiu transmitir cada momento da mesma forma, até porque, se há lingua rica é a nossa.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Ferramentas para memorizar

 Já lá vão alguns meses desde a última publicação desde que eu decidi (achei eu) que iria alimentar este blogue melhor.

Tenho feito algumas coisas básicas - uma bolsa para uma flauta, uma restauração de uma bíblia jovem - mas não tenho partilhado.

Claro que ninguém morre por isso, mas era mais para meu gosto. Lá vai...

Agora voltando ao assunto que me trouxe aqui. Gosto de tudo o que tenha a ver com escrita, leitura, papel e material escolar e como tal qualquer ideia que tenha a ver com esses tópicos tento levar ávante.

Gosto de decorar versículos bíblicos, mas apercebo-me que cada vez a memória me falha mais. Então decidi que iria criar cartões com versículos para ajudar na memorização.

E assim, os cartões têm de ser interessantes. Dentro do que sei e consigo fazer, vou alindando cada um a gosto e hoje resolvi partilhar.










sexta-feira, 23 de junho de 2023

Sua Glória


 Pela última estrofe deveria fazer esta publicação amanhã que é Sábado, mas apeteceu-me partilhar conforto hoje.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

O juízo de Deus

 Cada vez que faço a recuperação de uma capa de Bíblia e a partilho aqui não consigo deixar de me perguntar quantas pessoas que passam por alguma publicação onde entram imagens de Bíblias de uma maneira geral, já tiveram uma Bíblia na mão e leram uma parte.

A Bíblia, é um livro que pode gerar amor ou ódio e até indiferença. Amor para os que creem e aceitam as Verdades nela apresentadas, ódio para os que são absolutamente contra e indiferença para os que nunca leram, não querem ler e não querem saber.

O extraordinário é que um dos pontos bíblicos que mais assusta e que é o responsável pelo maior volume de ódio é o que trata do Juízo Divino. Este é um tema amplamente divulgado e conhecido, mesmo pelos indiferentes.

Também há os que embora aceitando a existência de Deus e da Bíblia como a Sua Palavra, não aceitam "essa parte do Juízo", porque pela conotação negativa que o termo "Juízo" acarreta, dizem que não se coaduna com o caráter de Deus que é Amor.

Encontrei na net uma publicação relativamente curta sobre o assunto e vou partilhar aqui.


Sem medo do juízo

Poderão ouvir o áudio no link acima, se não gostarem de ler.

I João 4:17 e 18: “Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança […] No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo”.

Quantas vezes durante a realização de um exame ou prova, um concurso público, apresentação de trabalho de conclusão de curso, você demonstrou sua confiança, dizendo: “Passei, estou dentro”?

Sem dúvida, ainda é vívido em nossa memória o clima de medo e ansiedade que cercava algumas matérias da escola. Íamos para as provas e exames apreensivos e em silêncio. Nelas, somente bons alunos é que conseguiam boas notas.

A maioria tinha que se contentar com uma nota “no limite” para não ser reprovada. Quando não era a matéria, era o medo do professor que tinha a fama de ser detalhista e exigente. Todos esses elementos, isoladamente ou em conjunto, criavam na classe um clima de “dia do juízo”.

É verdade que o juízo final também é um exame. Apesar de a Bíblia falar da solenidade e importância do juízo, o apóstolo João diz que não temos nada a temer. Vamos nos aproximar com plena confiança no dia do juízo (1Jo 4:17). “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dEle” (Jo 3:17).

Podemos lembrar o tom meticuloso de alguns pregadores que, na ânsia de demonstrar conhecimento detalhado sobre o processo do Juízo, diziam: “Cuidado! Confesse todos os seus pecados. Todos!”

E aí eu ficava remexendo e abrindo lembranças que já havia enterrado, só para ver se as tinha confessado: “Ah! Esse aqui eu já confessei. Esse aqui também. Esse aqui… Puxa, até que era bom, mas eu também já confessei…”

“Porque se você se esquecer só de um, poderá ficar fora do Céu!”, ameaçava o pregador, como se Deus, no dia do juízo, de repente dissesse: “Um momentinho. Há uma pendência aqui que não foi resolvida. No dia 23 de março de 2010, às 14h41, você cometeu tal pecado e não o confessou. Lamento muito! Próximo!”

Nós amesquinhamos Deus e blasfemamos dEle quando O tratamos como um tirano detalhista, procurando descobrir um cochilo de nossa parte; o mínimo desvio para nos punir. O pecado é um assunto sério, mas o perdão está à disposição do arrependido. Por isso, não tenha medo; nada de insegurança, mas plena certeza e confiança no momento do Juízo.

“Maravilhosa graça! Maior que o meu pecar! / Como poder contá-la? Como hei de começar? / Trouxe-me alívio à alma. E vivo em toda a calma / Pela maravilhosa graça de Jesus!” (Hinário Adventista, nº 204).

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Restauro de Bíblia

 Está um pouco mais parada esta atividade, mas de vez em quando aparece uma a precisar de nova cara e aqui estou eu.

Influenciada pela anterior - não a minha, mas sim, a outra antes - voltei a fazer o forro da capa com tecido. E voltei a esquecer de partilhar o "antes" que é tão importante para apreciarmos o "depois".


Desta vez foi em tons de verde e motivo floral mais uma vez. Como se pareceu demasiado verde, achei que ficaria melhor se aplicasse qualquer motivo com outra cor e saiu aquela jarra. A dona gostou e isso é o que importa.


E porque estes tecidos se prestam a ser "papel", fiz um bloco de notas e um marcador a combinar com a capa.

E para que o ritmo não páre, já existe outra na calha, mas essa terá um motivo de capa personalizado que ainda está em estudo com o cliente. 


terça-feira, 30 de maio de 2023

Os animais irão para o céu?

 


Provavelmente à maior parte de vocês esta pergunta não vos diz nada, por duas razões: Primeiro: a resposta não vos interessa sequer; Segundo: interessa-vos uma resposta positiva mas em que não acreditam.

Pois bem, no que a mim respeita interessa-me a resposta e acredito nela. E no momento em que faz um ano que um dos meus amigos patudos nos deixou (um dos vários que já perdi), gostaria de partilhar a publicação do Megaphone.

A Bíblia não menciona a ressurreição dos animais. Podemos ler apenas citações sobre a ressurreição dos justos para a salvação e acerca da ressurreição dos maus para a perdição (João 5:28 e 29; Apocalipse 20:5 e 6, etc.). Conquanto as Escrituras não confirmem a existência de animais no Céu, afirmam que eles existirão na Nova Terra. Eis alguns textos sobre o assunto: 

"Lobos e ovelhas viverão em paz, leopardos e cabritinhos descansarão juntos. Bezerros e leões comerão uns com os outros, e crianças pequenas os guiarão. Vacas e ursas pastarão juntas, e os seus filhotes descansarão no mesmo lugar; os leões comerão capim como os bois. Criancinhas brincarão perto de cobras e não serão picadas, mesmo que enfiem a mão nas suas covas. Em Sião, o monte sagrado, não acontecerá nada de mau ou perigoso, pois a terra ficará cheia do conhecimento da glória do Senhor assim como as águas enchem o mar" (Isaías 11:6-9).
"'Pois eu estou criando um novo céu e uma nova terra; o passado será esquecido, e ninguém lembrará mais dele. (...) Os lobos e os carneirinhos pastarão juntos, os leões comerão palha como os bois, e as cobras não atacarão mais ninguém. E no meu monte santo não acontecerá nada que seja mau ou perigoso.' O Senhor falou" (Isaías 65:17 e 25).
Ellen G. White nos descreve assim sua visão da cidade celestial: "Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e, quando as apanhei, exclamei: 'Elas nunca murcharão.' Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam" (Eventos Finais, p. 288). "Ali o homem será restaurado à sua perdida realeza, e a ordem inferior de seres de novo reconhecerá o seu domínio; os animais ferozes tornar-se-ão mansos e os ariscos, confiantes" (Visões do Céu, p. 149).

Não temos como explicar plenamente como Deus trará os animais à existência na Nova Terra. O que encontramos na Bíblia é um Deus amoroso, que se preocupa com todos os animaizinhos, por menores que sejam. Veja:
“Lembrou-se Deus (aqui o termo indica o interesse de Deus e Sua graça em favor de alguém) de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca” (Gênesis 8:1). Ao orientar Noé a sair da arca, além de abençoar a raça humana o Senhor abençoou também os animais (Gênesis 8:15-17).

“Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho conduzirás. Se vires prostrado debaixo da sua cerca o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo” (Êxodo 23:4 e 5).

“Seis anos semearás a tua terra e recolherás os seus frutos; porém, no sétimo ano, a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo" (Êxodo 23:11).

“Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento” (Êxodo 23:12). Mesmo os animais devem ter o direito ao repouso sabático! (Conferir Êxodo 20:8-11).

“Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará com a mãe; do oitavo dia em diante, será aceito por oferta" (Levítico 22:27). Aqui vemos que um animal recém nascido não era aceito como oferta. Deus queria que ele ficasse com a mãe. (Ver também Êxodo 22:30).

“Se de caminho encontrares algum ninho de ave, nalguma árvore ou no chão, com passarinhos, ou ovos, e a mãe sobre os passarinhos ou sobre os ovos, não tomarás a mãe com os filhotes" (Deuteronômio 22:6). (Conferir também o verso 7, que mostra a preocupação de Deus com a preservação das espécies).

“Não atarás a boca ao boi quando debulha” (Deuteronômio 25:4). Deus não queria que o boi fosse maltratado. Ao debulhar espigas na frente dele, com certeza iria salivar de tanta vontade de comer.

“Os leõezinhos rugem pela presa e buscam de Deus o sustento” (Salmo 104:21).

“Tornou o Senhor: tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” (Jonas 4:10 e 11).

“Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus” (Lucas 12:6).

“Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta" (Lucas 12:24).
Além disso, a Bíblia diz que os filhos de Deus têm responsabilidades para com os animais: 
“O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel” (Provérbios 12:10). 
Ellen G. White assim se expressou a respeito: “É por causa do pecado do homem que 'toda a criação geme e está juntamente com dores de parto' (Rm 8:22). O sofrimento e a morte foram assim impostos não somente ao gênero humano, mas aos animais. Certamente, pois, ao homem toca procurar aliviar o peso do sofrimento que sua transgressão acarretou sobre as criaturas de Deus, em vez de aumentá-lo. Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano. A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um relatório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 443).

Noutro pensamento surpreendente, Ellen G. White diz: “A inteligência apresentada por muitos mudos animais chega tão perto da inteligência humana, que é um mistério. Os animais vêem e ouvem, amam, temem e sofrem. Eles se servem de seus órgãos muito mais fielmente do que muitos seres humanos dos seus. Manifestam simpatia e ternura para com seus companheiros de sofrimento. Muitos animais mostram pelos que deles cuidam uma afeição muito superior à que é manifestada por alguns membros da raça humana. Criam para com o homem apegos que se não rompem à custa de grandes sofrimentos de sua parte” (A Ciência do Bom Viver, pp. 315 e 316).

A Palavra de Deus também afirma que um dia o Criador virá a este mundo para dar o castigo àqueles que destroem a natureza (plantas, animais, rios, etc.): 
“Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra” (Apocalipse 11:18).
Todos esses versos (entre outros) são bem claros: Deus ama muito os animais e se preocupa com o bem estar de cada um deles. Isso indica que o Criador tem bons planos para tais criaturinhas. Não há como ter dúvidas.

Não podemos afirmar com base na Bíblia que teremos o mesmo animalzinho de estimação na Nova Terra e muito menos que não o teremos! Os textos que lemos devem nos confortar com a certeza de que Deus fará aquilo que for melhor para a nossa felicidade. Com toda a certeza, nosso Criador tem poder para recriar o mesmo animalzinho de estimação que um dia perdemos.

No mundo restaurado, teremos muitas surpresas; por que nos admirarmos de que o Senhor possa querer alegrar Seus filhos com os animais domésticos que tanto lhes fizeram bem? Gosto muito de ver a Deus como um pai que se alegra em dar ao seu filho um presente que ele menos espera.

Confie no amor de Deus e descanse em Suas promessas. O que Ele fez na cruz do calvário (João 3:16; Romanos 5:6-8) é suficiente para nos provar que o Seu amor por todas as Suas criaturas é infinito.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Daniel, Verso por verso

 


"Nesta obra, o autor mostra, versículo por versículo, que a profecia não é apenas uma obra literária. É um plano que Deus elaborou, de antemão, para conduzir a história humana de acordo com a sua vontade. Lendo este livro, o leitor compreenderá as implicações das profecias de Daniel para estes últimos dias."

Neste livro o autor analisa cada um dos versículos do 27º livro do Velho Testamento, com o nome do seu autor.

Daniel foi levado cativo para a Babilónia, aproximadamente no ano de 590 a.C., quando o rei Babilónio, Nabucodonosor depois de um longo cerco, invadiu Jerusalém levando muitos cativos, entre eles membros da elite hebraica. 

Daniel tornou-se um dos homens de confiança de Nabucodonosor, e pelas suas capacidades intelectuais, manteve a mesma posição, de confiança no reino, quando os Medos e os Persas conquistaram Babilónia. A sua história é mais do que a sua sentença para ser devorado por leões, que miraculosamente acabou em bem, e que é do gosto de tantos.

Apesar de muitos negarem a existente desse homem, a arqueologia já demonstrou que Daniel existiu de facto, nessa altura. E por isso, as suas profecias são para se levarem em conta.

Tendo sido um profeta de Deus, naquele tempo de 70 anos de cativeiro, foi uma segurança e fonte de esperança para um povo cativo e afastado da sua Terra,

As profecias que Daniel escreveu já se cumpriram na sua maioria e segundo os historiadores cristãos e ateus que se atrevem a estudá-las, estamos agora a viver nos ultimos tempos da sua profecia.






terça-feira, 18 de abril de 2023

Colocar a Leitura em dia

 Gosto do título desta publicação, quanto mais não seja para me influenciar a fazê-lo.

Quando retomei os meus estudos há três anos, tudo o que eram leituras recreativas foram postas de lado. O que tinha para ler era mais do que suficiente para me ocupar o tempo livre e o tempo não livre. Publiquei aqui algumas opiniões sobre uma parte ínfima dos livros que li e agora que os estudos já chegaram ao fim, convenci-me que ia colocar a leitura em dia.

Não posso dizer que o objetivo esteja a falhar completamente, pois no fim de Março, finalmemte livre, comecei e já li dois dos livros que esperavam na estante.

Jogo Mortal de Bruno Franco, este recente,  foi o primeiro e a A Cidade de Vapor de Carlos Ruíz Zafon que esperava há um ano.

Comecei a ler O Clube do Crime das Quintas-Feiras, de Richard Osman convencida que iria levar o mesmo caminho rápido dos outros dois, mas parei. Não sei se são as primeiras páginas que não me cativam, por falta de mistério, se é a forma de escrita do autor que não é do meu agrado. Só sei que já é a segunda vez que começo e fico, por ali, mais ou menos no mesmo sítio. Por isso, espero que seja mesmoa a falta de chamariz do início. Porque todos sabemos que há muitos livros bons que só nos chamam depois de um bom conjunto de páginas lidas. E ainda não cheguei lá. 

Os que esperam ainda são Coluna de Fogo, de Ken Follet e Para lá do Inverno, de Isabel Allende. 

Tenho alguma curiosidade em ler quer um quer outro, mas são livros que se não ler, não me afetarão muito. Espero.

A espera deve-se a que um dos livros aconselhados dentro do grupo dos que se deveriam ler para estudar me chamou mais a atenção. Não era de leitura obrigatória, como tal optei por não o ler enquanto tinha outros obrigatórios para ler e agora sim, estou a ler.



Toda a ação nos é dada a conhecer sob o ponto de vista de um único personagem Lúcio Valério Quincio e se isso pudesse ser causa de aborrecimento, que não é, ou de críticas, o vocabulário riquissimo logo nos remeteria ao silêncio. 
Conforme li num blogue onde esse pormenor era comentado, se desejarmos, poderemos ler usando ao mesmo tempo um dicionário para saber exatamente a definição de cada termo usado; mas se pretendermos envolvermos na narrativa, sem travagens, não é necessário, pois acabamos por entender o que está a ser dito, sem sombra de dúvida. E é como se os termos usados, na maior parte desconhecidos, nos remetessem à Tarcisis e ao séc.II.




A Cidade de Vapor

 Carlos Ruiz Zafón foi um novelista espanhol que escreveu alguns dos mais belos romances, onde a realidade da sua querida Barcelona e a mistica que só os livros podem criar, se misturam em histórias de nos tirar o fólego.

Já li este autor há alguns, bons, anos. Dos livros que li  lembro sem dúvida A Sombra do Vento, O Príncipe da Neblina, Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu, tendo o primeiro sido o que realmente me marcou e claro, me fez ler os outros.


A publicação póstuma de A Cidade de Vapor, vai levar-nos de volta ao encontro de alguns dos personagens dessas obras. 

Se lemos os livros de Zafón, vamos reconhecer, nestos 11 contos, senão na totalidade, não só os personagens mas a ação desses livros, o que é muito agradável reencontrar, anos depois de os termos lido. 

Se nunca lemos Zafón, estes, são pequenos contos que nos mostram como Zafón escrevia e provavelmente serão uma influência para irmos ler Zafón. Se é este o caso, aconselho A Sombra do Vento, para começar.



terça-feira, 4 de abril de 2023

Jogo Mortal

De vez em quando não posso deixar de vir partilhar algumas das minhas leituras.

Digo algumas porque repito muitas delas em modo de estudo, ao longo do ano, mas pelo meio vou fazendo outras em modo recreativo, porque há autores que não posso deixar de ler.

Quando aceitou a ficha de casino com uma inscrição que o rapaz da bicicleta lhe deu, Helena não sabia que a sua vida ia mudar para sempre. Quando clicou no site que prometia dinheiro fácil, ela não sabia que se veria enredada num dos jogos mais doentios e mortais de sempre. Quando começam a aparecer pessoas assassinadas, os inspetores da PJ Leonardo Rosa e Marta Mateus são chamados a investigar. E o que descobrem é muito maior do que teriam imaginado.


Conheci a escrita de Bruno Franco há uns bons anos, fez exatamente 8 anos em Março, através de um livro em ebook que o escritor disponibilizou para quem quisesse ler. E hoje ainda, continuo a agradecer essa partilha porque vale a pena ler Bruno Franco.

Ainda não vou comentar o livro, porque estou a meio, mas vou apenas deixar esta ideia:

Há autores bons e muito bons, que escrevem muito. Enchem a narrativa de conversa que gostamos de ler e é um complemento de tudo o que a narrativa tem para nos dar. Ou seja, não sobra, não é excessivo. E há outros autores, igualmente muito bons que têm uma narrativa mais fluída onde tudo o que escrevem é ação e de tal forma, que sem ela ficavam a faltar partes. Ou seja, a narrativa da ação, com Bruno Franco, está desde o primeiro parágrafo ao ultimo. Não há nada para encher... fluída, cativante e imprescindível!

Adenda a 18/04/2023

Acabei de ler na semana passada e só posso complementar o que escrevi antes. É fluído, é espanto atrás de espanto pois quando achamos que a coisa está a caminhar para o fim surge alguma situação inesperada, imprescindível e capaz de nos manter tão presos à leitura como se estivessemos no início do livro desejando ler, com o complemento de já sabemos do que o autor é capaz e nos sentimos privilegiados por ter mais para ler, sempre curiosos...

Se ainda não conhecem os livros de Bruno Franco, aconselho a começarem a ler porque o terceiro da coleção Mortal está na calha e seria uma pena não lerem.

Se já conhecem, parabéns!



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Renascer

Parece um título pomposo, mas dois meses depois de ter publicado pela última vez e de ter visitado os blogues, também pela ultima vez, soa-me bem.

Um blogue que nasceu a 25 de maio de 2008 não merece tanta ausência. Em especial quando os blogues são ações de quem gosta de escrever e partilhar seja o que for. Como tal, e agora que estou a chegar ao fim de uma "atividade" a que meti mãos há 3 anos, e porque me parece que vou ter mais tempo livre (ou não), vou tornar-me mais assídua. Gosto da rapidez do Instagram, mas nada chega à calma dos blogues.

Como tal, achei que deveria trazer um exemplo de renascimento nesta publicação.

Em dezembro, quando passeava o meu cão, encontrei no chão enlameado do jardim um pobre boneco de 6 ou 7 centimetros com muito mau aspeto. Com tal mau aspeto que o meu cão que é obcecado por bonecos não lhe deu nenhuma importância. Agarrei-o com um dos sacos que vão sempre connosco nas caminhadas, tal era o aspeto e levei-o para casa, disposta a recuperá-lo, pelo menos no que respeitava à limpeza porque de resto estava intacto.

Na foto não parece tanto, mas estava muito porco.


Meti-o de molho em água e detergente da louça, onde esteve a banhos de um dia para o outro.


Depois escovei-o e lavei-o em água corrente, "estendi-o" pelas orelhas a secar e eis o pequeno, um pouco despenteado, mas limpo e como novo.


Se o boneco foi renovado, limpo e lhe foi dada nova oportunidade, o blogue também merece.





sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Restauro da BÍblia

Em vez de usar a preposição "de" como costumo fazer neste tipo de título optei por a contrair com o artigo "a" porque esta Bíblia que foi restaurada é A minha bíblia!

Não é a minha primeira, não é a única e não será a última, mas tenho uma grande estima por ela. Tenho esta bíblia desde 2013, com muito uso, pois é a minha bíblia de estudo do dia a dia, onde anoto e marco os assuntos e por esse uso continuado, a capa não se aguentou e começou a desfazer.




Durante os últimos dois anos, mantive-a tal como estava, protegida por capas várias amovíveis, em EVA e tecido porque a estrutura estava tão boa que me custava ir separar a capa do miolo para fazer uma nova.
Este ano estando na hora de trocar de capa, enquanto tentava deciddir que capa seria desta vez,alguém me deu a ideia de, para não desmontar a bíblia, e não ter de a andar a mudar de capa tanta vez, colar uma capa personalizada sobre a sua capa de origem.
Pensei no assunto e escolhi o motivo da capa que vi por essa internet há algum tempo. Preparei as medidas, preparei a capa e quando a tinha cortada e montada, fiquei com receio de que todo o trabalho tido com essa "construção" fosse perdido quando a colasse na capa original que era flexível e começasse a arrebitar nas pontas.
Foi nessa altura que fiz o que devia ter feito há muito tempo.

E custou-me bastante fazê-lo. Separei a capa do miolo.

Cortei uma capa à medida, em cartão, forrei com a imagem escolhida e eis aqui o resultado final.




Passou de bíblia com capa flexível a bíblia com capa rígida que era o que eu não queria que acontecesse, mas aconteceu e estou a gostar.


"Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raíz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos".
Apocalipse 5:5


sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Restauro de bíblia

 Já há algum tempo que não restaurava uma bíblia. Já tinha esta comigo há quase dois anos, mas com a pandemia e afins foi atrasando e saiu este ano.

Esqueci de fotografar o antes, por isso ficamos apenas com o depois.

A dona queria a capa em tecido e com cores fortes. Foi amor à primeira vista e assim que este surgiu não foi preciso escolher mais.


Tentei que as fitas combinassem com o padrão e cores, mas que uma delas, pelo menos, aligeirasse os tons.


Gostei tanto do padrão que o fotografei para criar papel estampado e fazer uns acessórios.
Um bloco de notas e um marcador.






quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Porque Deus não atende minha oração?

 

Sejamos crentes em cada poro do nosso corpo ou crentes apenas de nome, muitos de nós já nos perguntámos alguma vez porque é que Deus não responde às nossas orações.

Vi este artigo no blogue MEGAPHONE e achei que seria interessante partilhar.


Por que Deus não responde à oração é uma questão tão antiga quanto o princípio do mal. Quando o pecado surgiu, ele nos separou da presença de Deus e consequentemente das respostas diretas de Deus. Desde Abel que morreu provavelmente perguntando “Por quê Senhor?" ou mesmo Moisés que pediu para entrar na terra prometida e o pedido lhe foi negado. Davi passou uma semana orando por seu filho recém-nascido que veio a morrer. Santo Agostinho pedia em oração, quando criança, que os professores não lhe batessem, mas continuava apanhando na escola.

E você? Você acreditou. Teve fé. Concentrou todo o poder de seu pensamento positivo (como se houvesse algo de sobrenatural nele). Acima de tudo, você orou para que o mais desejado pedido do seu coração fosse satisfeito. Resultado: nada. Deus não “moveu um dedo” para concretizar seu sonho. A frustração parece ser maior quando você escuta relatos incríveis de respostas à oração. A pergunta que fica é: “Será que isso só acontece com os outros?”

Se você pensa assim, a Bíblia tem resposta para esse dilema. Mesmo sabendo que Jesus garantiu “peçam, e lhes será dado” (Mt 7:7), devemos entender que há situações em que Deus não atua, para nosso bem e do Universo que Ele governa. Deus tem condições para atender nossas orações. E os critérios dele são mais justos do que os nossos. Conheça alguns deles: 

(1) Pedir especificamente. Não faça uma oração genérica do tipo “abençoa minha vida, amém!”, mas seja específico em seus pedidos (Tg 4:2). Ellen G. White diz: "Vossas petições não devem ser débeis, ocasionais e apressadas, mas fervorosas, perseverantes e constantes. Que vosso coração se eleve de contínuo, em silêncio, pedindo auxílio, luz, força, conhecimento. Que cada respiração seja uma oração" (A Ciência do Bom Viver, p. 510);

(2) Orar com frequência (Lc 18:1-7). Tem gente que fala com Deus como se estivesse solicitando um serviço de delivery. Só que o Pai deseja passar tempo de qualidade em conversas descontraídas e amigáveis com seus filhos. Quem costuma ouvir a voz de Deus, sabe melhor o que pedir. Ellen White afirma: "A perseverança na oração é também uma condição para ser ela atendida. Devemos orar sempre, se quisermos crescer na fé e experiência” (Caminho a Cristo, p. 97); 

(3) Pedir certo (Tg 4:3; 1Jo 5:14). Deus não atende orações que contrariam seus propósitos de amor para o ser humano, como os pedidos egoístas. Talvez Ele não lhe dê um dia de sol para ir à praia, porque precisa mandar chuva para o agricultor que depende da colheita. Porém, se pedir aquilo que Ele já prometeu, o “sim” é garantido (2Co 1:20). Por isso, conheça e reivindique as promessas bíblicas, entre em sintonia com a vontade de Deus (Pv 28:9), e peça, sobretudo, a orientação e a transformação que vem por meio do Espírito (Lc 11:13). Ellen White adverte: "Somos tão falíveis e curtos de vistas que às vezes pedimos coisas que não nos seriam uma benção, e nosso Pai Celestial amorosamente nos atende às orações dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem – aquilo que nós mesmos desejaríamos se com vistas divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas tais como elas são na realidade" (Caminho a Cristo, p. 96).

Ellen White conclui: "Quando nossas orações ficam aparentemente indeferidas, devemos apegar-nos à promessa; pois virá por certo a ocasião de serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais carecemos. Mas pretender que a oração seja sempre atendida exatamente do modo e no sentido particular que desejamos, é presunção. Deus é muito sábio para errar, e bom demais para reter qualquer benefício dos que andam sinceramente. Não receeis, pois, confiar nEle, ainda que não vejais a resposta imediata às vossas orações. Apoiai-vos em Sua segura promessa: 'Pedi, e dar-se-vos-á' (Mateus 7:7)".

Não sei lhe dizer por que Deus não responde às vezes a oração, mas sei, por experiência própria, que quando isso acontece Ele continua me amando. Quais são suas dúvidas e lágrimas, perguntas e questionamentos? Ouça Deus lhe dizendo hoje: Vinde e arrazoemos, vamos conversar, questione, duvide, mas não se afaste de mim. Não desista e permaneça firme até o dia em que Ele responderá todas as dúvidas e enxugará todas as lágrimas.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Junk Journal II

Um diário da tralha, traduzido à letra, é um livro ou caderno montado com todos os materiais que se queiram usar, com o intuito de servir para arquivar "memórias" em forma de fotos, desenhos, cartões, postais, cartas, envelopes, bilhetes, etc, que se podem guardar colando, pintando, cosendo ou metendo em envelopes e recortes.

Não exigem que as folhas sejam todas do mesmo material ou do mesmo tamanho, nem do mesmo feitio e a ideia é usar o que houver à mão.

Podem ser montados colados, cosidos ou apenas atados à capa que vai guardar as folhas a usar, ou utilizar um dossier de argolas já existente para esse fim. O seu embelezamento fica por conta da nossa imaginação e do nosso gosto.

Lembro que um junk journal (diário da tralha) também se pode chamar de scrap journal (diário de recortes ou retalhos) e de smash journal (diário onde se atafulha).

Há sete anos fiz um.



Foi um trabalho básico. Forrei duas placas de cartão que uni com duas argolas soltas e fui arquivando o que andava espalhado por gavetas (postais, desenhos dos filhos quando crianças, etc). Não foi nada de especial, mas gosto muito de ter tudo arrumadinho num sitio e que esse sitio seja um livro.

E agora chegou a altura de pegar em tudo o que de papel anda espalhado lá por casa, de novo, e meter mãos à obra. E ideias e tutoriais para trabalhos mais complexos e mais interessantes não faltam.
O próximo projeto será algo como isto 


E a razão desta publicação que na realidade não tem nada de novo, é que está aproximar-se o período das férias e já que este ano não vou pintar armários de cozinha, tenho de fazer qualquer coisa de arte. E existe melhor arte que a que envolve livros?